Segundo a ONU, a República Democrática do Congo (RD Congo) permanece como o principal epicentro do surto de mpox, que desde agosto de 2024 se espalhou para países vizinhos como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda. Até fevereiro de 2025, sessenta países haviam reportado casos da doença, com transmissão local confirmada em outras nações africanas, como a República do Congo, África do Sul, Sudão do Sul, Tanzânia e Zâmbia.
Para enfrentar o avanço do surto, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (CDC África) e a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizaram o Plano de Resposta Continental, focando no reforço das ações de controle e na ampliação da cobertura vacinal. Mais de um milhão de doses de vacinas foram entregues a 10 países, sendo que 90% das 650 mil doses administradas até agora foram aplicadas na RD Congo.
Entretanto, a resposta de saúde pública enfrenta sérios obstáculos, especialmente no leste da RD Congo, onde o conflito armado e o corte de financiamentos humanitários dificultam o acesso a serviços essenciais. Diante da gravidade do cenário, o CDC africano declarou a mpox como uma Emergência de Saúde Pública de Segurança Continental e a OMS classificou o surto como uma Emergência de Saúde Pública de Interesse Internacional.
A doença provoca lesões dolorosas na pele e mucosas, febre, dores musculares e fadiga, podendo ser altamente debilitante e desfigurante para os infectados.