Investigadores australianos desenvolveram biossensores que usam ouro poroso desenvolvido pela nanotecnologia em vez dos tradicionais materiais sintéticos caros e complexos. Esta abordagem permite a criação de biossensores mais rápidos e ultrassensíveis.
Os cientistas dizem que os biossensores criados podem detectar doenças a partir de amostras de sangue, urina, saliva ou plasma muito pequenas. As pequenas gotas do fluído selecionado passam por uma superfície coberta por uma película de ouro, que possui milhões de minúsculos poros. O dispositivo detecta então o ADN específico da doença. Mostafa Masud, um dos investigadores refere que “Esta nova técnica de diagnóstico permite a detecção direta de ADN específico da doença, o que não era possível anteriormente.”
Provavelmente, a melhor coisa a respeito desta descoberta é que pode ser obtido por um quarto do custo de outras técnicas de diagnóstico e estará disponível para os médicos nos próximos cinco anos. Os cientistas também acreditam que esta plataforma será particularmente útil em locais remotos e países em desenvolvimento onde diagnósticos rápidos e precoces são essenciais. Também será muito útil em vários surtos de doenças virais.
O ouro tem sido usado na medicina há centenas de anos. As pessoas costumavam tomar suplementos de ouro para várias doenças do sistema nervoso e até mesmo para o alcoolismo. As ligas de ouro ainda são algumas vezes usadas na odontologia. E o isótopo ouro-198 ainda é usado na radioterapia em alguns tratamentos de cancro.