Portugal terá Academia dedicada à Fibromialgia

No próximo dia 16 de julho, decorre a apresentação e cerimónia de tomada de posse da Academia Portuguesa de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica, pelas 15 horas, no auditório da Associação de Socorros Mútuos Mutualista Covilhanense, localizada na Covilhã, região Centro de Portugal.

A sessão solene, que contará com a presença de autoridades, cientistas, doentes e profissionais que acompanharão os fundadores deste evento “importante” para a comunidade de doentes com fibromialgia, será liderada pelo presidente fundador desta Academia, Prof. Dr. José Luís Arranz Gil.

O Prof. Dr. José Gilmédico é espanhol (Basco), diretor da Unidade de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica da Mutualista Covilhanense e professor da Faculdade de Medicina da Universidade da Beira Interior (UBI), também na Covilhã. Este profissional acompanha o desenvolvimento dos tratamentos da doença no Brasil, em Portugal e em Espanha.

Segundo os seus responsáveis, a nova Academia terá a função de um “centro pedagógico-documental”.

“Pedagógico: porque nela, todas as pessoas, com conhecimentos, ideias próprias e sobretudo inovadoras, e uma vasta experiência no domínio da fibromialgia, assim como investigadores, podem partilhar os seus conhecimentos através de palestras, conferências, organização de congressos, reuniões científicas e quaisquer outros eventos e formas de promover o conhecimento da fibromialgia. Documental: porque será criado um arquivo documental dotado de profissionais de arquivo e de biblioteca, no qual serão reunidas todas as informações dispersas pelo mundo, a nível de artigos e publicações, investigações, teses, vídeos, abstracts, entre outros, que versem sobre a Fibromialgia, a síndrome de sensibilidade central e a dor crónica”, explicou o Prof. Dr. José Luís Arranz Gil, presidente fundador da Academia de Fibromialgia.

Este especialista e investigador sublinha ainda que “o centro documental estará à disposição de investigadores, profissionais de saúde, professores e estudantes, pessoal da área jurídica ou judiciária que tenha a necessidade profissional de emitir sentenças sobre invalidez ou incapacidade e por último, de preferência, para prestar apoio a doentes interessados em formação e /ou compreensão da sua doença, com base nos mais recentes avanços científicos”.

Na opinião do Professor Arranz Gil, é necessária uma maior “compreensão da doença por parte da sociedade em geral e dos profissionais na área da saúde em particular pois muitas vezes, desdenham, não valorizam e maltratam os doentes, não acreditando ou compreendendo que estes sofrem muito com esta enfermidade”.

“Esta Academia tem como objetivo primordial a valorização do conhecimento, a divulgação e a investigação científica em torno da Fibromialgia, da Síndrome de Sensibilidade Central e da Dor Crónica. Nasceu como todas as Academias que existem no mundo, com a vocação do estudo e da aquisição de conhecimentos, do trabalho consciencioso, científico e académico, bem como da divulgação do saber e isso reflete-se na máxima do filósofo cordovês Séneca, que está na origem do emblema da Academia: ‘DOCENDO DISCIMUS´ que significa: ‘Ensinando aprendemos’”, explicou o Prof. Dr. José Luis Arranz Gil.

Em novembro de 2021, o Prof. Dr. José Luís Arranz Gil iniciou funções como responsável pela Unidade de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica na Mutualista Covilhanense, tendo alcançado, em junho deste ano, a marca de 200 atendimentos a pacientes que procuram esta especialidade na Covilhã. Um serviço que, segundo a Mutualista Covilhanense, é “pioneiro em Portugal”, já que é “a única do país dedicada em exclusividade ao tratamento da doença” e que tem recebido doentes dos “quatro cantos do país”.

Durante este período, este profissional da área da medicina participou e realizou eventos que discutiram a doença e a importância do tratamento assertivo, como forma de melhorar a qualidade de vida dos doentes. Fruto da sua larga experiência internacional, profissional e académica, surge agora a Academia Portuguesa de Fibromialgia, Síndrome de Sensibilidade Central e Dor Crónica, cujos órgãos sociais serão apresentados ao público no próximo domingo.

Ígor Lopes – Correspondente

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