O avanço da inteligência artificial (IA) está a aumentar a pressão sobre o ambiente, e as principais empresas tecnológicas continuam longe de reduzir o seu impacto climático, conclui um relatório da Greenpeace.
Entre as dez gigantes avaliadas — Amazon, Apple, Google, Microsoft, Meta, Nvidia, AMD, Broadcom, Intel e Qualcomm — sete falharam na descarbonização das suas cadeias de abastecimento, responsáveis pela maioria das emissões.
A Nvidia ficou em último lugar, seguida da Broadcom e da Intel, devido à ausência de metas claras, pouca transparência e dependência de energia fóssil. A AMD e a Qualcomm também foram mal avaliadas, enquanto a Apple destacou-se como a mais avançada, com nota B, por apostar em 100% de energia renovável até 2030.
O relatório alerta que a produção de chips de IA é altamente intensiva em energia e que, até 2030, o consumo global poderá aumentar 170 vezes, superando o uso total de eletricidade da Irlanda em 2023. Para a Greenpeace, os resultados mostram que, apesar dos lucros recorde, os líderes da IA continuam a transferir as suas emissões para outros países, adiando uma transição verde efetiva.