Angola e África do Sul estão entre os 14 países eleitos para integrar o Conselho de Direitos Humanos da ONU no triénio 2026-2028, segundo votação realizada pela Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Além destes dois países africanos, foram também eleitos Chile, Equador, Egito, Estónia, Índia, Iraque, Itália, Maurícias, Paquistão, Eslovénia, Reino Unido e Vietname. Os mandatos terão início a 1 de janeiro de 2026, e os membros não poderão ser reeleitos após dois mandatos consecutivos.
A eleição, considerada uma formalidade por contar apenas com o número exato de candidatos por região, gerou críticas de organizações como a Human Rights Watch (HRW) e o International Service for Human Rights (ISHR), que lamentaram a falta de competição e transparência no processo.
A HRW contestou especialmente a inclusão de Egito e Vietname, acusando ambos de repressão sistemática e violações graves de direitos humanos.
Por outro lado, apontou ainda falhas em Angola, referindo o uso excessivo de força por parte das autoridades contra manifestantes pacíficos, e exortou a África do Sul a manter coerência nas suas posições internacionais, condenando igualmente abusos cometidos pela Rússia e pela China.
Criado em 2006, o Conselho de Direitos Humanos é composto por 47 Estados-membros eleitos pela Assembleia-Geral e atua como o principal fórum da ONU para a promoção e monitorização dos direitos humanos, sem poder de veto nem caráter vinculativo, mas com forte peso político e moral nas decisões internacionais.