O Brasil aumentou as exportações para os países árabes e para Israel durante o governo de Jair Bolsonaro. Há 3 anos, quando assumiu o cargo, havia receio sobre a aproximação do governo brasileiro com Israel devido à proposta de mudar a embaixada de Tel Aviv, capital internacional, para Jerusalém, que ainda é disputada com palestinianos.
O risco seria perder exportações nos países árabes. No entanto, a análise do portal 360 mostra que isso não se confirmou. A subida nas vendas para árabes e Israel foi superior à média do aumento das exportações, 46% no 1º semestre sobre o mesmo período de 2018, último ano antes da posse de Bolsonaro.
No caso de Israel o aumento foi ainda mais intenso entre 2019 para 2022, com crescimento de 596% nas exportações. Relativamente aos países árabes, a subida nas exportações foi de 62%, neste período. As nações integrantes da Liga Árabe compraram US$ 8,3 bilhões do Brasil (jan-jun.2022). A lista exclui outros países de maioria muçulmana não árabes, como Irão e Turquia.
Os principais itens transacionados foram petróleo, carne congelada e soja, juntos totalizaram US$ 1,1 bilhão até junho. Pela 1ª vez, a balança com Israel é superavitária. Historicamente, tem sido deficitária. Foi influenciada pela entrada no cardápio de vendas de itens que antes não eram trocados entre os países.
Carlos Vasconcelos – Correspondente