A Central Única das Favelas (CUFA), fundação com sede no Brasil, chega à África do Sul para se juntar à coordenação do G20 e organizar a terceira edição do Fórum Mundial das Favelas, previsto para acontecer em novembro de 2025, em paralelo à cúpula do G20 nesse mesmo país africano.
De acordo com responsáveis pela CUFA, esta iniciativa visa “fortalecer a importância da inclusão das favelas no debate global”. A organização social brasileira, com 25 anos de história e estabelecida no Rio de Janeiro, está presente em mais de 60 países.
O coordenador geral do G20 Favelas, Gabriel Oliveira, considerado “uma voz ativa na luta pela inclusão da população desses territórios” está alinhado à CUFA pelas garantias de “pautas das favelas” que “sejam inseridas nas discussões, ressaltando a necessidade de investimentos concretos em educação, saúde, moradia, entre outros temas”.
Com o avanço da CUFA no mundo e a “chegada à África do Sul” em “mais um passo na luta por inclusão”, o fundador da organização, Celso Athayde, também declarou que expandir “a agenda das favelas para espaços globais como o G20 e o Fórum Mundial das Favelas é fundamental para garantir que as suas vozes sejam ouvidas e consideradas na formulação nas tomadas de decisão”.
Note-se que a Central Única das Favelas é uma organização não governamental brasileira, originalmente fundada em 1999 por jovens negros da favela Cidade de Deus. Está hoje presente em todos os estados brasileiros e em outros 15 países.
A CUFA promove atividades nas áreas da educação, lazer, desporto, cultura e cidadania, além de outros projetos sociais, como ferramentas de integração e inclusão social.
O governo do estado de São Paulo, em parceria com a CUFA, inaugurou o Museu das Favelas no antigo Palácio dos Campos Elíseos. Em 2023, a CUFA foi condecorada com a insígnia da Ordem de Rio Branco.
Ígor Lopes



