O Brasil e o Equador assinaram esta segunda-feira um Memorando de Entendimento em Inteligência Artificial, que prevê cooperação científica, formação de profissionais e uso de infraestruturas de supercomputação. O ato decorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, durante a visita oficial do presidente equatoriano, Daniel Noboa, recebido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O documento foi assinado pela ministra brasileira da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e pela ministra das Relações Exteriores e Mobilidade Humana do Equador, Gabriela Sommerfeld.
O objetivo é fortalecer a capacidade académica e tecnológica dos dois países e desenvolver modelos regionais de inteligência artificial.
Segundo Luciana Santos, a parceria é estratégica para a soberania digital da América Latina.
A ministra defendeu que países em desenvolvimento devem unir esforços para não ficarem dependentes de nações mais industrializadas.
O acordo poderá integrar o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA), que prevê 100 projetos colaborativos de pesquisa em IA com países da América Latina e da África, num investimento estimado de R$ 100 milhões (€17 milhões).
O plano também prevê apoiar 30 projetos até 2028, com R$ 50 milhões (€8,5 milhões) destinados ao compartilhamento da infraestrutura brasileira de IA com outras nações da região.
Luciana Santos sublinhou ainda a sintonia com a Política de Transformação Digital 2025-2030 do Equador, destacando a importância de uma adoção responsável da tecnologia, “com benefícios não apenas para as economias, mas para as pessoas em geral”.



