No Fórum da Juventude de 2025, realizado na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, representantes do Estado brasileiro do Espírito Santo apresentaram políticas públicas voltadas para a proteção das mulheres e para o desenvolvimento da juventude. O encontro teve como um dos principais temas a igualdade de género, no âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
A secretária de Direitos Humanos do Espírito Santo, Nara Borgo, afirmou que o estado tem enfrentado desafios sérios no combate à violência doméstica, especialmente quando praticada dentro do próprio ambiente familiar.
Por outro lado, referiu também que, para além de medidas repressivas em articulação com o sistema judicial e as forças policiais, existem programas de prevenção e reeducação, como grupos reflexivos para homens agressores, com acompanhamento psicossocial.
Destacou ainda a criação de uma secretaria específica para Políticas para Mulheres, responsável por centros de acolhimento e apoio às vítimas de violência, com foco na proteção, orientação e reintegração social.
O subsecretário de Políticas da Juventude, Jiberlândio Miranda, apresentou iniciativas voltadas para a inclusão de jovens mulheres em áreas como ciência e tecnologia.
De entre as iniciativas, destaca-se o programa “Jovem Programadora”, que oferece cursos exclusivamente para raparigas interessadas em seguir carreira no setor digital.
Durante o evento, os representantes do estado abriram diálogo com a UNESCO para possíveis parcerias que reforcem os Centros de Referência das Juventudes.
Estes centros disponibilizam formação profissional, atividades culturais e desportivas, apoio psicológico e ações de sensibilização sobre direitos sexuais, reprodutivos e segurança digital.
Miranda revelou que o Estado de Espírito Santo irá investir cerca de R$ 240 mil (aproximadamente 43 mil euros) em ações voltadas para a juventude rural.
A estratégia estadual inclui também três programas focados no mercado de trabalho: o “Emprega Jovem”, dedicado à qualificação profissional; uma linha de microcrédito de até R$ 5 mil (cerca de 920 euros) para jovens empreendedores; e o selo “Empresa Amiga da Juventude”, que estimula o setor privado a contratar jovens com vínculo formal.
Nara Borgo e Jiberlândio Miranda consideraram que a participação no Fórum da ONU foi uma oportunidade para dar visibilidade às políticas públicas, trocar experiências e estabelecer novas parcerias internacionais no campo dos direitos humanos e do desenvolvimento juvenil.