A presidência brasileira do Brics em 2025 colocará no centro da sua agenda a regulação internacional da Inteligência Artificial (IA).
O objetivo é coordenar esforços entre os países do bloco — Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — para promover o uso ético e inclusivo da IA, com foco no desenvolvimento sustentável e na redução das desigualdades sociais.
O Brasil defende um modelo de coordenação multilateral que privilegie princípios como os direitos humanos, a transparência dos algoritmos, a proteção de dados e a soberania digital dos países do Sul Global.
A proposta inclui a criação de um observatório do Brics sobre IA, destinado a acompanhar boas práticas, incentivar o uso de tecnologias abertas e partilhar políticas públicas eficazes.
A agenda contempla também os impactos sociais e económicos da automação e dos sistemas digitais, propondo medidas para a qualificação profissional, a equidade no acesso à tecnologia e a regulação das plataformas digitais.
Com base em experiências concretas — como o uso de IA no combate ao desmatamento, na agricultura, na saúde e na educação — o Brasil propõe uma estratégia internacional coordenada para que a Inteligência Artificial sirva de motor para a inclusão social.
A Cimeira do Brics, que se realizará em julho de 2025 no Rio de Janeiro, deverá consolidar compromissos entre os Estados membros na criação de normas internacionais partilhadas para o uso responsável da IA, reforçando a liderança do bloco na agenda digital global.