A União Europeia (UE) informou e formalizou a doação de 20 milhões de euros, cerca de 120 milhões de reais, para o Fundo Amazónia. O foco, segundo esta entidade, é o “apoio ao desenvolvimento sustentável e aos investimentos no Brasil”.
O acordo foi assinado no dia 22 de julho com o Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social (BNDES) do Brasil, por meio de uma carta de intenções para o fortalecimento de parcerias.
A carta foi assinada no Rio de Janeiro pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e pela comissária da União Europeia (UE) para Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, durante o IV Fórum Brasil — União Europeia — “O Brasil e a União Europeia: Políticas e Economias nas Transições Verde e Digital para um Desenvolvimento Justo e Inclusivo”.
“O nosso compromisso deverá respaldar os esforços do governo brasileiro e vai possibilitar a aceleração da luta contra o desmatamento”, disse a comissária da União Europeia para Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen.
Já para o presidente do BNDES, a doação financeira “do conjunto dos 27 países que fazem a União Europeia” significa um ato de confiança ao Fundo Amazônia.
“Nós reduzimos em 50% o desmatamento, é por isso que essas contribuições estão sendo fortalecidas”, afirmou Mercadante, que destacou a importância da preservação da Amazônia, uma área que abriga 25% da cobertura de florestas tropicais do planeta e responsabilidade com uma população de aproximadamente 29 milhões de habitantes.
Além da doação da UE ao Fundo Amazônia, o presidente do BNDES também anunciou que “foram concluídas as negociações com o Banco Europeu de Investimentos (BEI) para o financiamento de 300 milhões de euros, também vinculado à transição energética, economia verde e transição digital”.
Hoje, o Fundo apoia 114 projetos, que vão do Arco da Restauração, que se destaca por ser o maior projeto de restauro de florestas nativas, ao fortalecimento do Corpo de Bombeiros no enfrentamento a incêndios e o combate ao crime organizado na região. Os recursos destinados aos projetos são “não reembolsáveis”.
Ígor Lopes