O Movimento para a Democracia (MpD), partido no poder em Cabo Verde, considera que a proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE 2026), por parte do Governo, traduz a confiança, reforça o estado social, valoriza o rendimento das famílias e consolida a estabilidade económica alcançada pelo Governo.
As declarações foram feitas pelo líder parlamentar do MpD, Celso Ribeiro, na abertura do debate parlamentar sobre o referido orçamento, ocorrido nesta quarta-feira, 12 de novembro.
No entanto, para o Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), maior partido da oposição no país, a proposta de OE 2026 é “eleitoralista, irrealista e de austeridade”, marcando “o fim de um ciclo de dez anos de metas não cumpridas e compromissos falhados”.
As críticas foram proferidas pelo deputado Julião Varela, que acrescentou que o documento “traduz a incapacidade do executivo de aumentar receitas, gerir a dívida e responder às necessidades reais das pessoas”.
Por sua vez, a União Cabo-verdiana Independente e Democrática (UCID), formação política também da oposição, referiu que o OE 2026 “prioriza propaganda governamental e assistência técnica”, enquanto mantém trabalhadores, idosos e pessoas com necessidades especiais na “extrema pobreza, sem atender a dívidas históricas”.
Ainda de acordo com o líder da UCID, João Santos Luís, a proposta do Governo é um “instrumento despesista e eleitoralista” que “ignora problemas estruturais e compromissos assumidos” pelo Executivo.