O Projeto Integrado de Segurança Urbana Nacional, criado com o objetivo de promover a integração e unificação das ações das forças e serviços de segurança com a ajuda da tecnologia, foi apresentado na terça-feira, 10 de dezembro, no Mindelo, na ilha de São Vicente.
De acordo com o Governo, trata-se da implementação de um novo modelo de gestão de segurança pública, numa óptica preventiva, através dos projetos Cidade Segura e 112, Número Único de Emergência. As medidas têm como objetivo garantir uma “melhor resposta, atempada e coordenada”, às emergências policiais, dos bombeiros e pré-hospitalar.
A primeira fase do projeto, que começou em junho na Praia, capital cabo-verdiana, vai abranger agora as ilhas de São Vicente, Sal e Boa Vista, contando com o apoio do Governo chinês.
Só em São Vicente, por exemplo, serão instaladas 300 câmaras de videovigilância, uma vez concluído o levantamento e mapeamento dos locais onde serão colocadas. O ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, apelou à compreensão da população para com os trabalhos que irão decorrer nos próximos meses, o que causará cortes de vias e passeios e abertura de valas para a extensão da rede de fibra ótica.
Além das câmaras de videovigilância, o projeto inclui uma componente de comunicação rádio, numa rede LTE (4G) exclusiva, que permite transferir dados áudio e imagens e um centro de comando e despacho onde se analisam as informações recebidas e onde são geridos, de forma permanente, os efetivos e as viaturas policiais.
Com a segunda fase, introduzem-se novas funcionalidades ao sistema, principalmente a nível da análise inteligente de imagens, permitindo, por exemplo, o reconhecimento de matrículas. Desta forma espera-se reduzir “significativamente” o tempo de resposta das ocorrências, responder a um número maior de solicitações feitas através da linha 112 e apurar responsabilidades “de forma muito mais eficiente”, evitando conflito em casos de acidentes.
“Com este projeto, conferimos dimensão e sentido a um sistema integrado de segurança, que se propõe antecipar ocorrências criminais, garantir respostas imediatas às emergências, sejam elas acidentes, emergência pré-hospitalar ou ocorrências policiais e eficiência na gestão da segurança urbana. Asseguramos o acompanhamento antes, durante e após incidente”, explicou Paulo Rocha.