A Aliança Patriótica Inclusiva – API Cabas Garandi garantiu que vai “impreterivelmente concorrer às próximas eleições”, apesar da decisão do Plenário do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), que a coligação considera ter sido “encomendada”.
A candidatura da API Cabas Garandi, liderada pelo antigo Primeiro-ministro Baciro Djá, foi rejeitada pelo STJ, tal como sucedeu com a da coligação PAI–Terra Ranka. Face a esta decisão, os dirigentes da API reuniram-se com as estruturas partidárias integrantes para analisar a deliberação do órgão judicial máximo.
Na resolução final do encontro, a aliança responsabiliza os juízes do Plenário do Supremo Tribunal de Justiça “das consequências que podem advir das deliberações”, que classifica como “ilegais, tendenciosas, discriminatórias e de má-fé”.
A coligação mandatou o seu presidente para “manter em contacto permanente com a coligação PAI – Terra Ranka e outros atores políticos interessados na defesa de valores democráticos”.
A API Cabas Garandi condena igualmente “as sucessivas ameaças proferidas pelo Presidente da República cessante, contra os seus adversários políticos e contra cidadãos indefesos”, apelando à população para estar vigilante perante “manobras perigosas e antidemocráticas”. Sublinha ainda que irá recorrer “a todos os meios legais e políticos à sua disposição para defender a Guiné-Bissau”.
A aliança decidiu igualmente instruir os seus advogados “a acionar todos os mecanismos legais para atacar a deliberação nº 1 do STJ, que indeferiu injustamente e sem nenhum fundamento legal o requerimento da anotação desta coligação”.
Na mesma linha, a API acusa o Supremo Tribunal de Justiça de ter tido um “tratamento desigual e tendencioso” na apreciação dos pedidos de anotação, beneficiando claramente, segundo a coligação, “a Plataforma Republicana Nô Kumpu Guiné, suportada pelo atual regime”.
Mamandin Indjai