O presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira (DSP), denunciou a “intenção de bloqueio do PAIGC “, de “acabar” com essa formação política e a sua história.
Numa publicação na sua página oficial no Facebook, esta quinta-feira (09.02), o líder dos “Libertadores” apelou aos guineenses a não tolerarem esta “intenção”.
“Sendo para todos muito clara a intenção de provocar o bloqueio do PAIGC, aliás intenção publicamente expressa de “acabar” com este partido para silenciar o passado e apagar a história, esta é uma condição que não podemos negociar nem tolerar”, disse Domingos Simões Pereira.
Na mesma publicação, Simões Pereira voltou a confirmar o seu impedimento de viajar por simples menção verbal tendo sido alegadas “ordens superiores”.
“(…) Pela segunda vez consecutiva, e desta vez, desde o dia 16 de Dezembro passado. Com a simples menção verbal de “ordens superiores” voltei a ser impedido de embarcar, pondo em causa a convivência da família no período de festas, o tratamento médico que já tinha agendado, compromissos académicos e políticos”, disse.
O presidente do PAIGC admitiu ainda uma nova tentativa de embarque e disse que vai exibir o público todos os documentos a sua disposição.
“Amanhã (sexta-feira 10.02) farei mais uma tentativa de embarque, exibindo todos os documentos que comprovam a não existência de qualquer restrição à minha liberdade de circulação, o meu passaporte diplomático, o cartão de deputado da nação e a exigência de me apresentarem as provas de qualquer dispositivo legal que contrarie isso. São elementos de prova para a batalha que então se inicia, mas que teremos logo de prosseguir no plano político”, garantiu.
“Se ainda impedido de ir tratar de outros assuntos no estrangeiro, convoco a nação guineense a me acompanhar no país, que quero calcorrear de seguida, visitando todos os que queiram me receber, em todos os bairros da nossa capital, para constatar e denunciar todos os desmandos que nos estão a consumir e alertar a todos, sobretudo aos que se vão deixando adormecer, para a necessidade de acordarmos e alertar todos os nossos irmãos e camaradas”, desafiou Simões Pereira, presidente do PAIGC.