O líder da Coligação PAI – Terra Ranka, Domingos Simões Pereira, denunciou planos de um “golpe institucional via Suprema Tribunal de Justiça”.
No quadro da celebração do 3 de Agosto, Dia dos Trabalhadores Guineenses, Domingos Simões Pereira difundiu uma mensagem, na sua rede social Facebook, em que apelou aos guineenses para se mobilizarem e “lutar para construir uma nação livre”.
“Estamos num ano importante, estamos no fim de mandato do presidente da República. Não é porque Domingos e os seus apoiantes querem ou não, é porque a nossa lei suprema [Constituição da República da Guiné-Bissau] manda que quando se empossa um presidente, ao completar cinco anos de mandato, um novo [presidente] deve tomar posse. Isso é inalterável. Qualquer tentativa de mudar isso, pode ser por via de golpe e soubemos que é o que estão a preparar. Estão a preparar uma equipa que irá assaltar o Supremo Tribunal de Justiça para criar problemas dentro dos partidos”, disse Simões Pereira.
Para o líder da Coligação PAI – Terra Ranka e presidente da Assembleia Nacional Popular (ANP), a “luta” não deverá ser conduzida “com impulso de coração ou emoção”, mas “com a cabeça, pensamento estratégico, planos bem determinados”.
Na mesma ocasião, Domingos Simões Pereira defendeu a “tolerância e respeito pela diversidade das opiniões” e das soluções pacíficas.
Simões Pereira vincou que está em condições de “levar o povo da Guiné-Bissau à vitória” e que “esse caminho está próximo. (…) Vamos fazer as coisas com a base na lei, no respeito constitucional, não queremos o derrame de sangue mais”, salientou.
O governo de iniciativa presidencial, resultante da dissolução da ANP, proibiu mediante uma circular qualquer propaganda alusiva ao Centenário Amílcar Cabral, sem consentimento das autoridades.
Para Domingos Simões Pereira “celebrar Cabral é estudar o seu pensamento”, tendo sublinhado que “não deve estar em causa quem pode e onde celebrar o centenário Amílcar Cabral”.
Mamandin Indjai