O chefe do Governo Umaro Sissoko Embaló disse esta segunda-feira, 18 de dezembro, que a nomeação de um novo primeiro-ministro não irá resolver a crise política em curso na Guiné-Bissau.
Neste sentido, o líder do executivo defende o diálogo entre os atores políticos para ultrapassar o impasse político.
“Se o Presidente da República nomear Augusto Olivais a crise continua, se for Aladje Fadia continua na mesma e se eu continuar mantém-se a crise. Não é a nomeação do novo primeiro-ministro que vai resolver a crise política. Deve haver um diálogo sério que permita a confiança entre as partes, permitindo que o país saia da situação em que se encontra” disse Umaro Sissoko, à margem de uma visita que efetuou às instalações da Rádio Difusão Nacional (RDN).
Por outro lado, Sissoko Embalo afirmou que não se sente ameaçado quanto à sua eventual exoneração. “Eu não ganhei as eleições. Sou um primeiro-ministro de base parlamentar e da confiança do Presidente da República. No dia em que eu tiver um sentimento de que já não mereço a confiança do Presidente, vou demitir-me das minhas funções. Mas por enquanto, as minhas relações com JOMAV são boas e, por outro lado, continuo a ter o apoio parlamentar do PRS, dos 15, dos deputados de PCD e do PND”.
Umaro Sissoko Embalo reconheceu que as constantes instabilidades políticas no país envergonha todos os guineenses. Por isso apelou à direção do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) a entender-se com os seus militantes, com vista a ultrapassar a crise política guineense.
Referindo-se ao roteiro apresentado pelo chefe de Estado, José Mário Vaz, na Nigéria, o líder do Executivo disse que cabe ao PAIGC aceitar ou declinar, apresentando uma contra proposta para a saída da crise.
Tiago Seide