A filha do Presidente da Guiné Equatorial, Francisca Nguema Jiménez, é suspeita de ter financiado em Portugal um esquema de corrupção, fraude na obtenção de subsídio, fraude fiscal e branqueamento de capitais.
A informação foi divulgada pela “CNN Portugal”, que indica que estas alegadas ações terão lesado o Estado português e a União Europeia em sete milhões de euros.
É também mencionado que a fraude consistiu em conseguir apoios europeus de milhões de euros para uma fábrica de pellets, que são pequenos cilindros de madeira compactada, feitos com restos de folhas, serradura e lascas de madeira, para lareiras.
A Polícia Judiciária (PJ), uma das organizações policiais responsáveis pela investigação criminal em Portugal, deteve nesta terça-feira, 10 de dezembro, um advogado e um empresário ligados à filha do Presidente equato-guineense Teodoro Obiang Mbasogo.
O empresário é gestor de uma sociedade que Francisca Jimenez detém, sedeada na zona franca da Madeira. É nesse local que, alegadamente, a filha do chefe de Estado africano branqueia capitais obtidos de forma ilícita no seu país.
Essa operação, denominada “Cash Flow”, decorreu nos distritos de Lisboa, Porto, Guarda, Braga, Vila Real e na Região Autónoma da Madeira, bem como em Espanha. Terá consistido em conseguir apoios europeus de milhões de euros para uma fábrica de pellets que só operou durante um ano na zona da Guarda. A investigação refere que o esquema foi financiado por Francisca Nguema Jiménez.