Um grupo de trabalhadores que foi expulso, no ano passado, quando o novo executivo do Conselho Autárquico, liderado por Luís Giquira, tomou posse, voltou a manifestar-se nas instalações do Conselho Municipal, exigindo o pagamento de seus salários de 10 meses.
“Estamos a pedir a reintegração de todos os funcionários. Nunca vimos férias de dez meses. Todos devem retornar ao pelouro onde trabalhavam. Essa regularização deve ser feita enquanto os trabalhadores estão nos seus pelouros”, disse um dos trabalhadores.
O grevista foi auxiliado por outro, que reiterou que a expulsão foi injusta. “Desde 2004, passamos várias consequências, alguns foram agredidos a caminho daqui. E hoje somos expulsos sem nada. Isso é um sentimento de injustiça”, expressou ele, enquanto gritava defronte do edifício do Conselho Municipal.
Estes cerca de 1.000 trabalhadores, que desde o ano passado lutam pela reposição de seus direitos, foram expulsos após, alegadamente, a nova edilidade ter identificado diversas irregularidades no processo de contratação, incluindo a falta do visto do Tribunal Administrativo.
Eles afirmam terem sido apanhados de surpresa, pois durante as administrações anteriores receberam salários sem problemas. Por isso, a decisão de expulsão é vista como uma medida política para acolher novos trabalhadores, conhecidos e familiares dos novos membros do Conselho Municipal de Nampula.
Actualmente, enquanto os ex-trabalhadores exigem a reposição de seus direitos, estão em andamento os últimos processos relativos a um novo concurso público de admissão após a expulsão desses trabalhadores.