O número de mortos por cólera em Moçambique subiu para oito, de acordo com o anúncio mais recente feito pelo Governo. Este surto da doença é consequência da passagem do ciclone Idai pelo país, ocorrida a 14 de março.
Segundo um comunicado do Ministério da Saúde moçambicano, entre 27 de março e as 7 horas desta quinta-feira, 11 de abril, foram registados oito óbitos por cólera, metade dos quais no distrito da Beira, um dos mais afetados pelo desastre natural. As restantes vítimas mortais pertenciam aos distritos de Dondo e Nhamatanda, cada um com dois óbitos.
Na Beira, onde ocorreram quatro casos de cólera, a maioria dos doentes já teve alta das unidades de saúde, correspondendo a 3.385 de um total de 3.407.
A campanha de vacinação contra a cólera, que decorreu entre os dias 03 e 09 de abril na Beira e nos distritos de Dondo, Nhamatanda e Buzi, teve uma taxa de cobertura de 98,6%, o que significa que 803.125 pessoas foram vacinadas, tendo este número superado “a meta preconizada pela Organização Mundial de Saúde” em situação de surto, que “é vacinar no mínimo 80% da população-alvo” para “bloquear a transmissão” da doença.
A vacina cria imunidade aproximadamente uma semana após ter sido tomada e bloqueia a transmissão ao nível do trato gastrointestinal. O principal sintoma da cólera é fortes diarreias, um problema tratável, mas que pode provocar a morte por desidratação se não for rapidamente cuidado.