O Ministério Público de Moçambique avançou com uma uma nova acusação contra Momade Assife Abdul Satar, conhecido por Nini Satar, que se encontra detido na Cadeia de Máxima Segurança da Machava, ou B.O, desde o início de agosto passado, alegando rapto na forma consumada e tentada, associação para delinquir, uso de armas proibidas e roubo qualificado.
O novo processo foi enviado para o Tribunal Judicial da Cidade de Maputo, fruto de investigações que decorriam desde 2015, quando Nini Satar abandonou o país.
Os alegados crimes dizem respeito aos anos de 2011 e 2012, quando Satar cumpria pena de prisão pela autoria moral do assassinato do jornalista Carlos Cardoso; bem como ao ano de 2015, após a concessão da liberdade condicional ao arguido, liberdade que foi alvo de controvérsia entre a comunidade jurídica e sociedade civil moçambicana.
Na nova acusação elaborada pelo Ministério Público consta que “em data indeterminada do ano de 2015, o réu Momade Assif Abdul Satar reestruturou a sua organização criminosa, passando a contar com dois colaboradores directos, nomeadamente José Ali Coutinho e Edith Antónia d`Compta da Camara Cylindo”.
Estas acusações juntam-se às anteriores de falsificação de passaporte, uso de nome falso e corrupção.