Emmerson Mnangagwa, Presidente do Zimbabué, entende que a situação em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, ainda não acalmou totalmente e que os ataques terroristas estão mais intensos em alguns distritos, pelo que propõe criar uma nova missão militar.
Em declarações à margem da Cimeira da União Africana e após um encontro com o homólogo moçambicano, Filipe Nyusi, Mnangagwa avançou que é preciso que sejam tomadas medidas urgentes ao nível da região para combater os insurgentes.
“Na reunião, debatemos a questão de Cabo Delgado, mais especificamente no que toca à retirada da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM) do Teatro Operacional Norte (TON). O cenário naquele local ainda não está totalmente calmo, mas o mandato já está a chegar ao fim. Por isso, estamos a debater ideias no sentido de saber como podemos lidar com esta situação”, explicou o Presidente Emmerson Mnangagwa citado pelo jornal The Herald.
A retirada de SAMIM em Moçambique está prevista para julho deste ano, de acordo com uma diretiva do bloco regional. A Cimeira da Troika instruiu a liderança da SAMIM a começar uma redução faseada, em dezembro de 2023.
De referir que a SAMIM é composta por tropas de oito países, nomeadamente a África do Sul, Angola, Botsuana, República Democrática do Congo, Lesotho, Malawi, Tanzânia e Zâmbia com as forças de segurança respectivas a operarem lado a lado com tropas Ruandesas e as Forças de Defesa e Segurança.
Aurélio Sambo – Correspondente