André Hanekom, empresário sul-africano, raptado e posteriormente detido pela Polícia da República de Moçambique (PRM) de Pemba, em agosto, na província de Cabo Delgado, está alegadamente acusado por “envolvimento nos ataques” levados a cabo pelos grupos armados que têm vindo a causar mortes e destruição de habitações de civis na região norte do país.
Segundo as declarações da esposa do empresário sul-africano: “Ele foi detido no dia 11 de setembro, um dia depois de ter alta [do Hospital Provincial de Pemba], e as autoridades dizem que há duas testemunhas que garantem que ele está envolvido nos ataques armados em Cabo Delgado”.
A esposa de André Hanekom avançou que o empresário se encontra detido na 3ª Esquadra da polícia de Pemba.
Augusto Guta, porta-voz da PRM em Cabo Delgado, não adiantou qualquer informação sobre o caso, alegando desconhecimento.
O porta-voz da PRM de Pemba declarando que: “A última informação que tivemos era de que ele estava no Hospital Provincial de Pemba. Não confirmo a informação segundo a qual ele foi detido”.
Segundo o “CanalMoz”, estará a decorrer “um processo da Procuradoria Distrital de Palma contra Andre Henekom, por alegado envolvimento nos ataques em Cabo Delgado. O processo foi remetido para a Procuradoria Provincial, e o procurador já acusou e remeteu ao tribunal para julgamento”.
Refira-se que o empresário sul-africano desenvolve trabalho no sector do transporte marítimo, na região de Palma, em Cabo Delgado, desde 2012.