A AD – Coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas portuguesas com 86 deputados, enquanto PS e Chega empatam no número de eleitos para o parlamento, 58, quando estão apurados todos os votos nos círculos nacionais.
Aos eleitos da AD – Coligação PSD/CDS, juntam-se ainda três parlamentares que somaram votos suficientes na Região Autónoma dos Açores, onde a coligação junta, além do PSD e CDS-PP, o PPM e que registou 0,62%, traduzindo cerca de 37 mil votos.
A AD somou 32,10% dos votos nos círculos do território nacional, enquanto os socialistas obtiveram 23,38% e o Chega 22,56%, registando-se uma diferença de 48.916 votos entre estes dois partidos.
O líder do Chega, André Ventura, considerou que o próximo Governo “depende do Chega e só do Chega”, mas não esclareceu se viabilizará o programa do próximo executivo no parlamento.
“Eu ouvi o PS dizer que não apoiará nem sustentará este Governo. O Governo de Portugal depende do Chega e só do Chega”, afirmou Ventura, em resposta às questões dos jornalistas depois do discurso de reação aos resultados das eleições legislativas desta noite.
Bolsonaro envia mensagem a André Ventura
Na rede social X, o ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, enviou uma mensagem ao presidente do Chega, André Ventura, “pelos expressivos resultados alcançados nas eleições legislativas”.
De acordo com Bolsonaro, “o Chega consolidou-se como contínua crescente força política em Portugal, igualando o número de assentos do Partido Socialista e desafiando o tradicional bipartidarismo que marcou a política portuguesa há décadas”.
“Este crescimento reflete o eco das propostas do partido junto a uma parcela significativa do eleitorado, que se identifica com suas bandeiras centrais: a defesa da identidade nacional, a valorização da família, o reforço da segurança pública e a promoção de uma política mais forte de combate à imigração ILEGAL. O desempenho do Chega nas urnas indica uma mudança significativa no panorama político português, evidenciando o desejo de muitos eleitores por alternativas às forças políticas tradicionais”, frisou Bolsonaro.
A taxa de abstenção nas eleições legislativas deverá situar-se nos 35,62%, a mais baixa em 30 anos, quando em outubro de 1995 ficou nos 33,70%. Estes valores não incluem ainda os eleitores residentes no estrangeiro, o que só será conhecido a 28 de maio.
Ígor Lopes