A Aliança Democrática (AD), coligação liderada por Luís Montenegro, venceu as eleições legislativas de 2025 em Portugal, obtendo 32,1% dos votos e elegendo 86 deputados. Apesar do crescimento face às eleições anteriores, a AD ficou aquém da maioria absoluta (116 assentos), o que antecipa mais uma legislatura com governo minoritário.
O Chega, liderado por André Ventura, registou uma ascensão histórica, alcançando 22,56% dos votos e empatando com o Partido Socialista (PS) em número de deputados, ambos com 58 mandatos. Este resultado representa um marco na política portuguesa, quebrando o tradicional bipartidarismo.
O PS sofreu uma das suas maiores derrotas desde 1987, com uma perda significativa de votos e assentos parlamentares. Face aos resultados, Pedro Nuno Santos anunciou a sua demissão da liderança do partido e convocou eleições primárias internas, nas quais não será candidato.
A fragmentação do parlamento e a ausência de uma maioria clara colocam desafios à formação de um governo estável. Luís Montenegro reiterou a sua recusa em formar coligações com o Chega, mantendo a incerteza sobre possíveis alianças e a governabilidade do país nos próximos anos.