Portugal ocupa a 9.ª posição no ranking europeu de atratividade para investimento direto estrangeiro (IDE), segundo o EY Attractiveness Survey 2025. Apesar da queda de dois lugares face ao ano anterior, o país registou um aumento de 21% nos novos projetos de IDE em 2024, destacando-se na criação de emprego e no volume de iniciativas captadas.
O estudo mostra que Portugal recebeu 196 projetos de IDE, menos 11% do que em 2023.
A descida deveu-se sobretudo à queda de 50% nos projetos de expansão, compensada pela entrada de novos investimentos. Ainda assim, a criação de emprego ligado ao IDE cresceu 1%, contrariando a tendência europeia, que registou uma quebra de 16%.
Entre os setores, o software e os serviços de TI continuam a liderar, com 137 projetos (29,1% do total), colocando Portugal em 4.º lugar no ranking europeu. Já a indústria transformadora ganhou relevância, com um crescimento de 28% no número de projetos, refletindo uma tendência de relocalização industrial no continente.
Em termos regionais, Lisboa continua a ser a principal porta de entrada do IDE, mas o Alentejo subiu para 4.º lugar, reforçando a diversificação geográfica do investimento. No que toca à origem, mantém-se o peso dos EUA, Alemanha e França, mas o Brasil tem ganho terreno, representando já 8,2% do IDE captado.
O inquérito revela ainda que 60% dos executivos planeiam investir em Portugal no próximo ano, um valor abaixo de 2024 (84%), mas acima da média europeia. Para os investidores, a prioridade do país deve ser a simplificação fiscal (36%) e a melhoria do acesso a capital (34%).