O Primeiro-Ministro de São Tomé e Príncipe, Américo Ramos, reuniu-se na passada sexta-feira, na cidade da Praia, com a comunidade são-tomense residente em Cabo Verde, no âmbito da política do XIX Governo Constitucional de proximidade com os cidadãos emigrados.
Acompanhado pela Ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades, Ilza Amado Vaz, o chefe do Governo ouviu as preocupações e anseios de cerca de uma centena de estudantes e profissionais são-tomenses radicados no arquipélago.
Entre as principais dificuldades apontadas pelos emigrantes destacam-se os atrasos na renovação de passaportes e bilhetes de identidade, problemas no acesso a registos de nascimento e outras certidões, bem como a ausência de ligação aérea ou marítima regular entre os dois países. A comunidade alertou ainda para a falta de apoio aos estudantes e a inexistência de mecanismos facilitadores para transferência de poupanças para São Tomé e Príncipe.
Em resposta, o Primeiro-Ministro e a Ministra agradeceram o contributo da diáspora e comprometeram-se a alargar a cobertura consular em Cabo Verde, permitindo no futuro a emissão local de documentos de identificação. A visita oficial incluiu também uma deslocação às instalações da Embaixada de São Tomé e Príncipe na cidade da Praia.
Estima-se que cerca de 650 são-tomenses vivam atualmente em território cabo-verdiano, muitos dos quais com dupla nacionalidade.
