Cerimónia de premiação para os oito trabalhos selecionados será este mês de janeiro, em França.
A terceira edição do Concurso Literário “As minhas férias em Angola” teve quase 200 jovens autores inscritos que escreveram sobre “as paisagens e os costumes” de Angola, país de “enorme relevância para o futuro da língua portuguesa”, assim considerado pelos organizadores, a Associação Internacional dos Lusodescendentes (AILD) e a Editora Leya. A lista dos oito vencedores já foi divulgada.
Entre os vários textos apresentados pelos inscritos, temas como “a destruição de ecossistemas, as desigualdades sociais e a discriminação racial” demonstram, para os organizadores do concurso, a preocupação dos jovens escritores “com o futuro do planeta e com o bem-estar social”.
E “confirma igualmente o poder da escrita e da literatura como formas de consciencializar as mentes adormecidas para os dramas contemporâneos que colocam em causa a existência da nossa própria espécie”.
A AILD e a Editora Leya destacam que a “qualidade dos trabalhos destes potenciais escritores reitera que a língua portuguesa tem futuro e que esta nova geração de lusodescendentes, naturalmente plurilíngue e multicultural, é (também) que garante nossa língua comum”.
A cerimónia oficial de entrega dos prémios aos vencedores e a menção honrosa será no sábado, 11 de janeiro de 2025, na Casa de Portugal da Cidade Universitária, em Paris. Também todos os participantes receberão um diploma de participação. A oficina de escrita será na biblioteca da Fundação Calouste Gulbenkian, na França. Durante a cerimónia, vão anunciar onde será realizada a quarta edição do concurso “As minhas férias”, entre as seguintes opções: Ásia, África, Oceânia ou Europa.
Estão também programadas as seguintes palestras antes do evento:
“Leitura e escrita: a criação de um mundo paralelo”, às 15 horas, com o escritor e professor Nuno Gomes Garcia e a mestre em línguas Sara Novais Nogueira. “Literaturas e Civilizações Lusófonas”, aberto a todos os jovens dos 8 aos 17 anos, prometem ajudar “os jovens escritores a consolidarem métodos de leitura e de escrita de modo a fazer explodir a criatividade literária no interior de cada um deles”.
Às 16h haverá uma pausa para o lanche oferecido pela Casa de Portugal e, às 16h30, a cerimónia de entrega dos prémios e diplomas aos premiados “entre prosa e poesia, histórias de família, viagens no tempo e jornais de bordo”:
Na categoria infantojuvenil, poesia, a premiada foi Paloma Ribeiro Sousa. Na categoria juvenil, Sofia Vincent. A menção honrosa, categoria infantojuvenil, foi para os seguintes trabalhos: “O desaparecimento do Welwitscha”, de Thomas Valseth, e “O menino do Petróleo”, de Ayrton Guibert. E em poesia, Charlotte Doherty. Na categoria juvenil: “O Paraíso que cega, a realidade que clama”, de Manuel Quero, “Um incidente na floresta”, de Maria Bardou, e “Lembranças de felicidade”, de Lara Janeco Varandas.
Ígor Lopes