A Fundação Mahein (FM), uma organização não-governamental (ONG) timorense, partilhou que muitos cidadãos de Timor-Leste têm viajado para o estrangeiro sem ter qualquer conhecimento das leis, geografia, economia, cultura e costumes dos países para onde querem ir trabalhar.
“Estas práticas têm consequências, como demonstrou a decisão do Reino Unido, em 2023, de acabar com a política de isenção de vistos para cidadãos timorenses, citando abusos das regras migratórias e trabalho ilegal”, pode ler-se no comunicado de imprensa da FM, divulgado nesta segunda-feira, 06 de outubro.
Neste âmbito, deixou à diáspora timorense que trabalha no estrangeiro o apelo de que a mesma cumpra as leis referentes à migração e ao trabalho e que se adapte à cultura local.
“A Fundação Mahien (FM) apoia os timorenses que pretendem trabalhar no estrangeiro, desde que respeitem as leis migratórias e laborais, se adaptem à cultura local e evitem comportamentos antissociais”, menciona ainda o comunicado.
Através de uma análise divulgada na sua página oficial, a FM alerta para o crescimento de movimentos e partidos políticos contra a emigração na Europa e na América do Norte que também “molda as reações públicas a episódios de violência que envolvem migrantes”.
Dados da Organização Internacional das Migrações alusivos a 2020 indicam que existem cerca de 50 mil timorenses a residir no estrangeiro, emigrados principalmente na Austrália, Indonésia e Reino Unido.