O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou, esta terça-feira, que chegou a um acordo com as autoridades da República Democrática do Congo (RDC) sobre a primeira revisão do programa econômico e financeiro do país, apoiado pela Linha de Crédito Ampliada (ECF, na sigla em inglês).
O acordo, sujeito à aprovação da direção e do Conselho Executivo do FMI, deverá ser analisado no final de junho. A missão, liderada por Calixte Ahokpossi, ocorreu entre 30 de abril e 13 de maio, com foco nos impactos económicos do conflito armado no leste do país.
Apesar do agravamento da crise humanitária e de segurança em regiões como Kivu do Norte e do Sul, o desempenho económico da RDC mostrou resiliência, com crescimento do PIB de 6,5% em 2024, impulsionado principalmente pelo setor extrativo. A previsão para 2025 é de crescimento acima de 5%.
O governo congolês reafirmou seu compromisso com o programa apoiado pelo FMI. Entre as medidas propostas estão a contenção de gastos não prioritários, a modernização da gestão financeira pública e o fortalecimento da arrecadação doméstica, inclusive através de ações contra a evasão fiscal e fraudes aduaneiras.