As nações africanas são chamadas a incluir de forma decisiva a mulher no sector do Agronegócio no contexto do programa sensível ao género com vista a envolver mais aquele grupo nas soluções dos problemas, neste caso da luta contra a fome.
A observação torna-se ainda mais pertinente porque em África são as mulheres a espinha dorsal da agricultura contribuindo com cerca de 70 % da produção alimentar familiar e social e realizando quase 50% de trabalho agrícola.
Citado pelo jornal zimbabueano Skipedmidia, a Directora de Género, Juventude e Inclusão, na organização AGRA, Nana Amoah, um dos participantes da sessão de sexta-feira em Kigali, Ruanda, defendeu mais conhecimento de negócios para mulheres “mobilizar os investimentos catalíticos e acesso ao alto-mercado de valores para mulheres no Agronegócio”.
Nana Amoah, a iniciativa Value4her da organização AGRA, é uma dessas plataformas onde se está a construir um ecossistema inclusivo de apoio às mulheres em Agronegócios.
A organização Agro-food, que trabalha com a FAO, Programa das Nações Unidas para Agricultura, vai seleccionar 100 propostas das mulheres africanas empreendedoras, das 1000 candidaturas apresentadas. Das 100 seleccionadas, metade vai beneficiar de mentorias em tecnologia alimentar por especialistas.