É considerado um dos piores incêndios florestais da história recente da Namíbia, estimando-se uma devastação de um terço do Parque Nacional de Etosha, considerado símbolo da biodiversidade africana.
O incêndio que consome vastas áreas do Parque Nacional de Etosha, no norte da Namíbia, desde terça-feira, é considerado como uma fragilidade estrutural na gestão ambiental e no combate a desastres naturais no país.
O governo anunciou o envio de 500 soldados e helicópteros para ajudar no controle das chamas, mas os especialistas e ambientalistas alertam para a necessidade urgente de políticas públicas de prevenção, planeamento territorial e proteção da fauna nativa.
Segundo o portal de notícias “All Africa”, acredita-se que o fogo tenha começado em uma área de produção de carvão fora dos limites do parque, refletindo a falta de fiscalização ambiental e as tensões entre exploração económica e preservação ecológica.
Desde então, as chamas avançaram pelas savanas e florestas secas de Etosha, matando animais incluindo nove antílopes e destruindo habitats críticos para espécies ameaçadas, como o rinoceronte-negro.
Os especialistas temem que um impacto ecológico grande e que possa afetar o turismo da Namíbia.
Refira-se que o Parque Nacional de Etosha recebe cerca de 200 mil visitantes por ano e é lar de mais de 100 espécies de mamíferos e centenas de aves migratórias.