Mais uma empresa chinesa no sector de mineração, a Prospect Lithium Zimbabwe, sedeada em Goromonzi, está supostamente envolvida na violação dos direitos dos trabalhadores, ambientais.
Farai Maguwu, fundador e director executivo do Centro de Governança de Recursos Naturais, uma organização sediada em Harare que busca defender, proteger e apoiar comunidades impactadas pela mineração, citado pelo Magazine ADF, considera num dos seus relatórios há degradação generalizada do ambiente da violação dos direitos humanos.
ʺOs empreendimentos de mineração chineses levaram à degradação ambiental generalizada, ao desrespeito aos direitos culturais das comunidades anfitriãs e, em muitos casos, à violação das leis trabalhistas do país, muitas vezes com aparente impunidadeʺ.
A mesma preocupação foi recentemente manifesta pelo secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores de Diamantes e Minerais Aliados do Zimbábue, Justice Chinhema. Este afirmou ao jornal ʺThe East Africanʺ que os trabalhadores das minas operadas por chineses estão frustrados com os “salários de miséria” e com a obrigação de trabalhar até 14 horas por dia.
“Pelo menos 95% desses trabalhadores nas minas chinesas trabalham com contratos fixos de curto prazo, sem assistência médica, pensão ou qualquer outro benefício necessário na aposentadoria”, revelou Justice Chinhema àquele jornal.
Estima-se que até em 2023, os investimentos chineses no sector de mineração do Zimbábue tinham 121 investidores, contribuindo com US$ 2,79 bilhões.