As lutas pelo poder no MDC tornaram-se violentas no fim de semana depois de os partidários do líder do partido, Nelson Chamisa, supostamente terem agredido fisicamente os simpatizantes do secretário-geral Douglas Mwonzora, antes do congresso do partido de oposição, no mês que vem.
Mwonzora, em sido alvo de revolta dos apoiantes de Chamisa, após relatos de que pretendia concorrer à presidência do principal partido da oposição do Zimbábue.
Os partidários dos dois campos rivais entraram em confrontos em Chitungwiza no sábado, em que o ex-vice-presidente da Câmara de Chitungwiza, Jabulani Mtunzi, e vários outros ativistas do partido, ficaram gravemente feridos.
Fontes do Partido revelaram ao NewsDay que Mtunzi, apoiante de Mwonzora, foi internado no Hospital Central de Chitungwiza.
Os confrontos ocorreram durante a seleção dos candidatos aos órgãos distritais do partido.
Mwonzora confirmou o incidente ontem e pediu a detenção e desqualificação de candidatos que fomentaram a violência. “A violência a que se assiste é extremamente desconcertante”, disse. “Desqualificaremos os elementos violentos da corrida ao congresso, mas essa violência tem que ser cortada pela raiz. Essas pessoas que perpetram a violência são criminosos e devem ser detidos. Os líderes em cujo nome esses capangas operam devem denunciar publicamente a violência. Se não o fizerem, serão responsabilizados pela violência e desqualificados, sejam eles quem forem”, acrescentou.
O secretário-geral do MDC confirmou que a maioria das vítimas eram seus apoiantes, mas não confirmou as alegações de que os perpetradores estavam a agir sob ordens de Chamisa.
Mwonzora disse que ainda não ainda não tinha decidido oficialmente a qual cargo concorrer no congresso, embora fontes próximas tenham dito que pretendia o cargo de Chamisa.
Tanto Mwonzora quanto Chamisa participaram do congresso eletivo de 2014, onde disputaram a posição do secretário-geral. Chamisa perdeu a corrida, mas mais tarde foi escolhido para a vice-presidência do partido pelo agora falecido líder do MDC, Morgan Tsvangirai.