Em algumas áreas rurais do Zimbábue, as famílias não estão a conseguir alimentar devidamente os seus filhos que, consequentemente, abandonam os estudos. As políticas actuais implementadas pelo governo ainda não são suficientes para minimizar os danos agravados pela seca resultante do fenômeno El Niño.
Segundo o “The News Zimbabwe”, Darai Murambi, solteira de 32 anos e mãe de três crianças, vive no distrito de Mwenezi e é uma das mães que não conseguem alimentar seus filhos.
Além disso, crianças como Tania Chirara, de nove anos, que mora em Epworth, afirma que as coisas estão complicadas e que, devido à pobreza de seus pais, não frequentam a escola por falta de comida.
Johnson, outra criança, conta que deixou de ir à escola porque a mãe não tem comida para levar, ao contrário das outras crianças, acrescentando que em sua casa só há uma refeição.
A Organização das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) estima que cerca de 580.000 crianças vivem em situação de pobreza alimentar, e 1,8 milhão de estudantes correm o risco de abandonar os estudos devido à situação de fome naquele país.