Um prémio de um milhão de dólares (aproximadamente 920 mil euros) foi lançado para acelerar a investigação científica sobre a doença de Alzheimer, através da utilização de Inteligência Artificial (IA). A iniciativa, apoiada por Bill Gates e organizada pela Alzheimer’s Disease Data Initiative (ADDI), tem como meta identificar soluções inovadoras que aproximem a medicina de uma cura.
O desafio global, apresentado a 19 de agosto, incentiva a criação de sistemas de IA capazes de analisar de forma autónoma milhões de estudos já publicados sobre Alzheimer e outras demências.
O objetivo é detetar novas pistas científicas que possam ter passado despercebidas à investigação tradicional.
Segundo Niranjan Bose, diretor interino da ADDI e responsável de saúde na Gates Ventures, “a Inteligência Artificial pode transformar a velocidade e a escala da investigação em demência, oferecendo uma oportunidade que não podemos ignorar, sobretudo com tantas vidas em risco”.
A ferramenta vencedora será disponibilizada gratuitamente na AD Workbench, uma plataforma colaborativa que promove a partilha de dados e apoia investigadores em todo o mundo.
A ADDI foi criada em 2020, pouco depois da morte de Bill Gates Sr., pai do fundador da Microsoft, vítima de Alzheimer aos 94 anos. A organização funciona como uma aliança internacional entre entidades governamentais, científicas, industriais e filantrópicas, com foco no diagnóstico, tratamento e futura cura da doença.
Atualmente, estima-se que mais de sete milhões de norte-americanos vivam com Alzheimer, o que corresponde a uma em cada nove pessoas com mais de 65 anos. Bill Gates alerta que, com o aumento da esperança média de vida, o número de doentes deverá continuar a crescer nos próximos anos.