A tensão diplomática entre os Estados Unidos e o Brasil intensificou-se após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. A Administração Trump anunciou sanções contra Viviane Barci de Moraes, mulher do juiz Alexandre de Moraes, e revogou os vistos do Procurador-Geral da República, Jorge Messias, e de cinco outros atuais e antigos membros do sistema judicial brasileiro.
As sanções visam também o Lex Instituto de Estudos Jurídicos, controlado por Barci de Moraes, alegadamente usado para contornar sanções anteriores.
Alexandre de Moraes já tinha sido sancionado em julho sob a Lei Magnitsky, por supostas prisões arbitrárias e restrições à liberdade de expressão.
O governo brasileiro considerou as ações como uma ofensa à sua soberania e afirmou que “não se curvará perante mais uma agressão”.
A crise ocorre num contexto de tensões comerciais recentes, incluindo tarifas de 50% aplicadas pelos EUA a produtos brasileiros, e agrava-se com a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, interpretada por aliados de Trump como uma “caça às bruxas” política.