A administração Trump reduziu drasticamente a ajuda externa humanitária dos EUA, afetando países como o Egito e a Jordânia. Foram cancelados mais de 90% dos contratos da USAID e cerca de 60 mil milhões de dólares em assistência global, incluindo grande parte do financiamento a agências da ONU.
Apesar dos cortes, a ajuda militar foi mantida, com o Egito a continuar a receber apoio significativo. Vários analistas associam esta decisão ao papel estratégico do país na região, sobretudo no controlo da passagem de Rafah entre o Egito e Gaza, num momento de tensão no conflito israelo-palestiniano.
A mudança do escritório regional da USAID para o Cairo surpreendeu até os funcionários da agência e é vista como tentativa de manter influência política e militar, apesar da retração no apoio humanitário.
Esta suspensão da ajuda poderá comprometer a estabilidade regional e abrir espaço para outras potências. A introdução de critérios ideológicos nos financiamentos restantes também levanta preocupações sobre a politização da ajuda externa.
Com a economia fragilizada e a queda nas receitas do Canal do Suez, o Egito resiste à ideia de acolher mais refugiados de Gaza. Há relatos da construção de um muro próximo à fronteira como forma de contenção.
Enquanto isso, a ONU e organizações locais enfrentam escassez crítica de recursos para responder às crescentes necessidades humanitárias na região.