Entrou esta segunda-feira, 9 de junho, em vigor a nova política migratória do presidente Donald Trump que impede a entrada de cidadãos de 12 países nos Estados Unidos. A medida, justificada por razões de segurança, tem gerado críticas de organizações humanitárias e tensões políticas internas.
Entre os países alvo de proibição total estão o Afeganistão, o Haiti e o Sudão. Outros, como o Irão, Líbia, Somália, Mianmar, Iémen e Chade, enfrentam restrições parciais. Já cidadãos de países como Cuba, Venezuela, Laos e Serra Leoa também estão sujeitos a limitações específicas.
Ao contrário da polémica medida adotada em 2017, que afetava principalmente países de maioria muçulmana e gerou caos nos aeroportos, a nova versão é mais abrangente e tecnicamente refinada, centrando-se no controlo dos pedidos de visto. Vistos já emitidos permanecem válidos, mas novas autorizações só serão concedidas mediante critérios rigorosos.
Trump defendeu a medida alegando falhas no controlo de identidade e documentos por parte dos países visados, bem como riscos ligados ao terrorismo e à permanência irregular.
No entanto, organizações como a Oxfam America condenaram a decisão, considerando-a discriminatória e sem fundamento real em matéria de segurança.
A entrada em vigor da proibição coincidiu com manifestações contra as políticas migratórias da atual administração, nomeadamente em Los Angeles, onde a Guarda Nacional foi mobilizada apesar da oposição do governador da Califórnia.