Os Estados Unidos anunciaram sanções financeiras contra o Ministro de Estado para a Integração Regional do Ruanda, James Kabarebe, pelo seu alegado envolvimento no apoio ao grupo rebelde M23, que atua no leste da República Democrática do Congo (RDC).
Além de Kabarebe, o Departamento do Tesouro dos EUA também sancionou Lawrence Kanyuka, porta-voz do M23, e duas empresas com as quais tem ligações, na Grã-Bretanha e em França.
As sanções ocorrem numa altura em que o M23 prossegue a sua acção. Recentemente capturou as cidades de Goma e Bukavu, no leste da RDC, uma região rica em minerais. A ofensiva intensificou a crise humanitária, deixando milhares de famílias devastadas.
Potências ocidentais acusam o Ruanda de fornecer armas e apoio militar ao M23, por intermédio da Força de Defesa do Ruanda (RDF). O governo ruandês nega as alegações, classificando as sanções como “injustificadas e infundadas”.
O governo da RDC celebrou as sanções e pediu medidas mais severas por parte do Conselho de Segurança da ONU e da União Europeia, para forçar o Ruanda a retirar as suas tropas.
O ministro britânico, David Lammy, afirmou que a presença de tropas ruandesas na RDC configura uma “violação flagrante” da Carta das Nações Unidas.
O Brasil condenou os ataques contra as forças da ONU e as tropas de manutenção da paz na RDC.
A China manifestou o seu apoio à resolução pacífica dos conflitos em África e posicionou-se contra interferências externas.
A crise no leste da RDC continua a atrair atenção global, com pressões crescentes para que o Ruanda cesse o seu alegado apoio ao M23.