Elon Musk voltou a defender que, com os avanços rápidos da inteligência artificial e da robótica, o trabalho humano poderá tornar-se opcional nos próximos 10 a 20 anos. Segundo o empresário, num futuro altamente automatizado, as pessoas poderão encarar o trabalho como um hobby — algo semelhante a praticar desporto ou jogar videojogos — porque a produção será assegurada sobretudo por máquinas.
Inspirado em cenários de ficção científica, Musk admite até a possibilidade de o dinheiro perder relevância à medida que a automação gerar abundância. O empresário já sugeriu que um rendimento universal elevado poderia sustentar uma sociedade onde o trabalho não fosse necessário, ideia também defendida por Sam Altman, da OpenAI.
Economistas ouvidos pela imprensa internacional alertam, porém, que criar este modelo exigirá muito mais do que tecnologia: será preciso uma transformação profunda nas políticas públicas, na proteção social e na forma como as sociedades se organizam. Além disso, lembram que o trabalho continua a ser, hoje, uma das principais fontes de identidade, propósito e relações sociais — fatores que não desaparecerão facilmente, mesmo num mundo automatizado.