O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reuniu-se em Washington com o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, para discutir questões de segurança internacional. Entre os temas abordados, Trump voltou a defender a anexação da Gronelândia pelos EUA, argumentando que a medida seria essencial para a proteção estratégica da região.
A reunião coincidiu com o anúncio da aceitação, em princípio, por parte do presidente russo, Vladimir Putin, da proposta norte-americana para um cessar-fogo no conflito com a Ucrânia.
Questionado por um jornalista sobre a possibilidade de a Gronelândia ser incorporada nos EUA, Trump afirmou acreditar que essa anexação viria a concretizar-se.
Apontando para Rutte, sugeriu que o secretário-geral da NATO poderia desempenhar um papel relevante no processo e sublinhou a importância da região para a segurança internacional, destacando a necessidade de proteger as águas do Ártico.
Rutte, por sua vez, evitou envolver a NATO na questão, ressalvando que a decisão sobre a Gronelândia não deveria ser incluída no debate da aliança militar.
Apesar disso, reconheceu a relevância estratégica da região, alertando para a crescente atividade chinesa e russa nas rotas árticas e para a necessidade de reforçar a presença internacional.
Trump destacou que os Estados Unidos já encomendaram 48 novos quebra-gelos para operar na região, argumentando que a Rússia possui uma frota numerosa e que os EUA necessitam de uma resposta à altura. Acrescentou que a Dinamarca, que atualmente administra a Gronelândia, não teria capacidade para garantir a segurança da ilha e colocou em causa a legitimidade da sua soberania sobre o território.
O presidente norte-americano lembrou ainda que os Estados Unidos já possuem bases militares e contingentes na Gronelândia, sugerindo que a presença militar norte-americana poderia aumentar no futuro.
Sem fornecer detalhes concretos, insinuou que o número de tropas na região poderia ser reforçado nos próximos tempos.