Mais de 50 líderes mundiais e 15 mil delegados de 150 países estão reunidos em Sevilha, Espanha, na 4.ª Conferência sobre Financiamento para o Desenvolvimento (FFD4), onde foi revelado um défice de 4 biliões de dólares no financiamento necessário para alcançar os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Na abertura, o secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou a uma mudança urgente de rumo e criticou a “falta de confiança entre nações” e os entraves financeiros à concretização das metas acordadas em 2015. Dois terços dos ODS estão seriamente atrasados.
Os países mais ricos firmaram o “Compromisso de Sevilha”, prometendo duplicar a ajuda às nações mais pobres. Contudo, os Estados Unidos retiraram-se do processo e não assinaram o acordo.
Além da ajuda externa, o serviço da dívida pública — que custa aos países pobres cerca de 1,4 biliões de dólares em juros — e o sistema fiscal global foram destacados como obstáculos centrais. Guterres defendeu um sistema tributário mais justo e um modelo económico mais inclusivo, sublinhando que “não se trata de caridade, mas de justiça e dignidade.”