À medida que o final do ano se aproxima, muitos trabalhadores europeus continuam sem decidir quando vão gozar as férias que lhes restam. Segundo um inquérito da Mastercard realizado a 20 mil pessoas em 21 países, quase metade dos participantes ainda tem entre sete e vinte dias por utilizar.
A explicação mais frequente é financeira: 23% afirmam precisar de mais tempo para poupar ou organizar o orçamento antes de marcarem uma viagem. Esta preocupação é particularmente elevada na Sérvia, Bulgária, Roménia, Croácia e Irlanda. Já noutros países, como os Países Baixos, Alemanha ou Suíça, a questão económica pesa menos — embora muitos continuem à espera de encontrar uma boa promoção antes de reservar.
O trabalho e as responsabilidades familiares também levam vários consumidores a adiar decisões, sobretudo entre pessoas da geração X, que se mostram menos propensas a marcar atividades de lazer até ao fim do ano. Em contraste, os jovens da geração Z destacam-se como os mais dispostos a aproveitar o tempo livre para viajar ou viver novas experiências.
Apesar das dúvidas, dois terços dos europeus acreditam que ainda vão conseguir concretizar um objetivo pessoal antes de 2026. Já no Reino Unido o pessimismo é maior: apenas 34% prevêem aproveitar o tempo livre para uma experiência adicional até ao final do ano.
O estudo mostra ainda que o valor das experiências pesa cada vez mais nas escolhas. Para conseguirem reservar dinheiro para viagens e atividades, muitos europeus fazem cortes noutros gastos: 40% reduzem compras de roupa, 39% gastam menos em refeições fora e cerca de um terço abdica de luxos ou novos dispositivos tecnológicos.