A ex-chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, foi detida esta terça-feira na Bélgica no âmbito de uma investigação antifraude conduzida pela Procuradoria Europeia (EPPO).
A polícia realizou buscas ao Serviço Europeu de Ação Externa (SEAE), ao Colégio da Europa em Bruges — onde Mogherini é reitora desde 2020 — e a residências privadas. Segundo os jornais L’Echo e Le Soir, a ex-alta representante da UE está entre os três detidos, tal como Stefano Sannino, antigo secretário-geral do SEAE, e um gestor do Colégio da Europa.
A investigação centra-se na Academia Diplomática da UE, um programa de formação financiado pelo bloco e adjudicado ao Colégio da Europa entre 2021 e 2022.
As autoridades suspeitam de violação das regras de contratação pública, incluindo eventual partilha antecipada de informações confidenciais com um candidato ao concurso.
A EPPO refere a existência de possíveis crimes de fraude, corrupção, conflito de interesses e violação de sigilo profissional. O SEAE confirmou apenas a presença da polícia nas suas instalações e que os factos investigados dizem respeito ao mandato anterior. A investigação continua a reunir provas para determinar responsabilidades penais.