Drones aéreos e submarinos, veículos não tripulados, realidade virtual e sistemas de Inteligência Artificial estiveram no centro do exercício REPMUS 2025, realizado em Tróia. Durante três semanas, marinhas de 24 países, incluindo a Ucrânia, participaram no maior treino da NATO com sistemas marítimos não tripulados.
As forças foram divididas em equipas “vermelhas” e “azuis”, com a Ucrânia a integrar a primeira. Segundo o capitão Valter de Bulha Almeida, a experiência ucraniana em guerra de drones trouxe ensinamentos valiosos aos aliados.
Além das forças militares, o exercício reuniu empresas e universidades para testar novas tecnologias em ambiente operacional.
A NATO procura aproximar a inovação tecnológica das necessidades no campo de batalha, num contexto de crescente pressão para modernizar a defesa europeia.
Entre as inovações apresentadas estiveram drones kamikaze da Rheinmetall, um dirigível movido a hidrogénio da empresa finlandesa Kelluu e sistemas de análise baseados em IA da francesa Akheros.
A zona franca de testes em Tróia, com 2.600 km², permitiu realizar ensaios que não seriam possíveis noutros locais. “Estamos a assistir a uma mudança de paradigma, para uma guerra mais ágil e assimétrica”, resumiu o capitão Nuno Palmeiro Ribeiro, da Marinha Portuguesa.