Mark Rutte, secretário-geral da NATO, apelou aos países membros para reforçarem significativamente as suas capacidades militares, face à ameaça russa. O pedido surge antes da cimeira da aliança, que terá lugar nos Países Baixos nas próximas semanas.
Nos excertos do discurso da NATO, Rutte defende um “salto quântico” na segurança coletiva, propondo um aumento de 400% nas defesas aéreas e antimísseis, bem como no número de veículos blindados e obuses.
“Na Ucrânia, assistimos à ameaça aérea da Rússia e é essencial fortalecer o escudo que protege os nossos céus”, afirmou.
O secretário-geral propõe ainda que os países elevem os seus gastos militares para 3,5% do PIB, além de 1,5% destinado a infraestruturas de defesa, como pontes, portos e aeródromos.
Esta meta supera os 2% do PIB atualmente exigidos pela NATO desde 2014 e está alinhada com as reivindicações do presidente dos EUA, Donald Trump.
Atualmente, 22 dos 32 países membros cumprem o objetivo dos 2%, com a Polónia a investir 4,32% do PIB na defesa.
O orçamento militar dos EUA é o maior da aliança, representando 3,4% do seu PIB.
Nos últimos meses, vários países europeus anunciaram reforços nas suas forças armadas devido à invasão da Ucrânia e à crescente pressão para maior autonomia em matéria de segurança.