O futuro da maior central nuclear da Europa, localizada em Zaporíjia, permanece envolto em incerteza, uma vez que a instalação continua sob ocupação das forças russas.
Em paralelo, surgiram declarações controversas por parte do ex-presidente norte-americano Donald Trump, que terá sugerido a possibilidade de os Estados Unidos assumirem o controlo das centrais nucleares ucranianas.
A proposta, alegadamente feita durante uma chamada telefónica com o presidente ucraniano, motivou uma reação firme de Volodymyr Zelensky.
Em conferência de imprensa realizada esta quinta-feira na Noruega, o chefe de Estado ucraniano rejeitou liminarmente qualquer transferência de soberania sobre estas infraestruturas estratégicas.
Zelensky afirmou que as centrais nucleares não eram propriedade privada, mas sim património nacional. Acrescentou que todas pertenciam ao povo da Ucrânia, que eram instalações estatais e que era dessa forma que tratavam a energia nuclear no seu país.
Segundo um comunicado emitido pelas autoridades norte-americanas, o telefonema entre os dois líderes terá incidido particularmente sobre a central de Zaporíjia, ocupada pelas forças russas desde o início da invasão em 2022.
Embora a central permaneça ligada à rede elétrica da Ucrânia, não está atualmente a produzir energia, mantendo-se sob domínio militar russo, o que levanta dúvidas quanto à viabilidade de qualquer intervenção externa.
O episódio sublinha as tensões em torno da segurança nuclear na Ucrânia, num contexto de guerra prolongada e de disputas geopolíticas sobre o controlo de infraestruturas críticas.