A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou ontem, sexta-feira, que a próxima ronda de sanções da União Europeia contra a Rússia terá como alvo os setores financeiro e energético, incluindo bancos russos, os gasodutos Nord Stream I e II e a chamada “frota sombra” usada por Moscovo para contornar sanções petrolíferas.
À chegada a uma cimeira na Albânia, Ursula von der Leyen justificou o novo pacote de sanções da UE com a recusa de Vladimir Putin em negociar um cessar-fogo com Volodymyr Zelenskyy.
“Putin não quer a paz. Temos de aumentar a pressão”, afirmou.
As novas medidas visam bancos russos, os gasodutos Nord Stream I e II e a “frota sombra” de petroleiros usada para contornar sanções. Muitos destes navios estão ligados a atividades ilegais, como ocultação da origem do petróleo e sabotagem de infraestruturas.
A UE já sancionou mais de 350 embarcações deste tipo.
Von der Leyen assegura que as sanções estão a surtir efeito: as receitas energéticas da Rússia caíram 80%, a inflação ultrapassa os 10% e as taxas de juro dispararam.
O pacote surge após a aprovação de um 17.º conjunto de sanções, considerado brando.
Nos EUA, o senador Lindsey Graham propõe tarifas de 500% para países que continuem a importar energia russa. Já em Bruxelas, ganha força a ideia de aumentar direitos aduaneiros sobre exportações russas, medida que não exige unanimidade.