Na sessão de abertura da Assembleia Mundial da Saúde, esta semana em Genebra, o Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, apelou aos Estados-Membros para aumentarem significativamente o apoio à saúde global, enquanto a agência enfrenta cortes orçamentais severos, agravados pela retirada dos Estados Unidos da organização.
Tedros alertou para o risco de colapso das operações da OMS, revelando um défice previsto de 1,7 mil milhões de dólares no orçamento 2026-2027, e comparou o custo anual da OMS ao gasto militar global de apenas oito horas.
O chefe da OMS destacou conquistas recentes, como a distribuição de mais de 27 milhões de vacinas contra a malária em África, o avanço na erradicação de doenças tropicais negligenciadas e os progressos no combate à mortalidade infantil. No entanto, alertou para desafios persistentes, como a resiliência dos sistemas de saúde, o ressurgimento da poliomielite e a crescente necessidade de resposta rápida a emergências — com a OMS a ter coordenado ações em 89 países só em 2024.